Friday 28 September 2007

Londres: Um guia pessoal e transmissível

Tem início hoje e com capítulos díspares e com uma regularidade sofrível (porque a escrita do blogue tem que ser truncada, já que há muitas outras actividades que competem com ela, como o trabalho, por exemplo) um guia de Londres.
A capital do Reino Unido é uma cidade composta de tantos registos que este só podia mesmo ser um guia pessoal. Existe assim um Londres étnico, um Londres religioso, um Londres das livrarias, um Londres jurídico, um Londres dos parques e jardins, um Londres financeiro, um Londres português, um Londres das feiras e mercados, um Londres da gastronomia, um Londres dos teatros e galerias. E espero que vá haver um capítulo especial sobre Curiosidades e Excêntricidades Londrinas que é coisa que aqui não falta. Cada secção terá as seguintes dicas sobre aquele bairro ou lugar particular:”o que ler”, “o que comer” e a “não perder”
Londes é um monstro de tal maneira imponente que é díficil saber por onde começar. É a cidade mais cara da União Europeia, o centro financeiro mais competitivo do mundo, atraindo desde oligarcas russos, a bilionários árabes do petróleo, a “socialites” americanos. Curiosamente é uma das cidades preferidas dos ditadores e sua prole, como sucedeu no caso do chileno general Pinochet e do filho do tirano ugandês, Idi Amin que aqui encontraram refúgio.
A capital é vivida muito à esfera do bairro, dadas as distâncias quase instranponíveis. Assim faz-se vida em Hampstead, Islington, Clapham, Dulwich ou Greenwich, que eram originalmente aldeias separadas e fora das “muralhas” da cidade. O londrino não tem que sair do seu bairro para nada. Pode ali trabalhar, ir às compraas, jantar fora, frequentar cafés e livrarias, ir ao cinema, só muito raramente deslocando-se ao centro para se encontrar com amigos que vivem noutros bairros ou para comprar algo muito específico.
O centro de Londres é visto pelos habitantes como um Londres irreal e mitologizado ainda mais caro que o resto da metrópole, populado de turistas (que caminham demasiado devagar) com tempo a perder e uma fixação perturbante na família real e no Big Ben.

(continua...)

Tuesday 25 September 2007

Em "The Haunted Bookshop" (Christopher Morley, 1919) o protagonista encontra uma livraria escondida em Brooklyn em Nova Iorque com o seguinte letreiro:

PARNASSUS AT HOMER. AND H. MIFFLINBOOKLOVERS WELCOME!THIS SHOP IS HAUNTED


THIS SHOP IS HAUNTED by the ghosts of all great literature, in hosts;
We sell no fakes or trashes.
Lovers of books are welcome here,
No clerks will babble in your ear,
Please smoke--but don't drop ashes!
----
Browse as long as you like.
Prices of all books plainly marked.
If you want to ask questions, you'll find the proprietor where the tobacco smoke is thickest. We pay cash for books.
We have what you want, though you may not know you want it.

Malnutrition of the reading faculty is a serious thing.
Let us prescribe for you.

Wednesday 19 September 2007

Eça de Queiroz sobre os Ingleses

Cartas de Inglaterra e Crónicas de Londres, Eça de Queiroz
As cartas de Inglaterra foram publicadas pela Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, de 1880 a 1896

"A verdade é que o inglês não se diverte no continente: não compreende as línguas; estranha as comidas; Tudo o que é estrangeiro, maneiras, toilettes, modos de pensar, o choca; desconfia que o querem roubar; tem a vaga crença de que os lençóis nas camas do hotel nunca são limpos; o ver os teatros abertos ao domingo e a multidão divertindo-se amargura a sua alma cristã e puritana; não ousa abrir um livro estrangeiro porque suspeita que há dentro coisas obscenas; se o seu “guia” lhe afirma que na catedral de tal há seis coulunas e se ele encontra só cinco, fica infeliz e furioso com o país que percorre, como um homem a quem roubaram uma coluna; e se perde uma bengala, se não chega a horas ao comboio, fecha-se no hotel o dia inteiro a compor uma carta para o “Times”, em que acusa os países continentais de se acharem inteiramente num estado selvagem, e atolados numa pútrida desmoralização. Enfim o inglês em viagem é um ser desgraçado."

Sopa de ervilhas e hortelã pimenta

Ingredientes

500 gr pacote ervilhas congeladas
3 cebolas grandes
1 caneca de grão cozido
5 folhas de hortelã pimenta
2 colheres de azeite
Sal e pimenta


Método

Ponha uma panela ao lume com água, cebolas cortadas aos cubos, azeite e coza durante 15 minutos. Adicione o grão e coza mais 5 minutos. Adicione as ervilhas e deixe cozer mais 5 ou 10 minutos. Deite a hortelã pimenta no fim. Bata com a varinha mágica, tempere com sal e pimenta e sirva com um fio de azeite (na minha última sopa usei azeite perfumado com basílico) por cima e uma folha de hortelã pimenta.

Thursday 13 September 2007

Caril Verde Tailandês


Caril verde de salmão, camarão e legumes (tailandês)

Ingredientes
(use os legumes que tiver e adicione outros conforme gostar ou faça um caril vegetariano...desde que tenha abóbora ou batata doce será sempre delicioso)

Pasta de caril verde tailandês
Leite de coco magro ou “light”
Caldo de peixe ou legumes
cebolinho
2 postas de salmão
300 gr de camarões descascados
¼ de abóbora
3 batatas doces grandes
200 gr de feijão verde
2 berinjelas
1 pimento vernelho e um pimento amarelo
Meia caneca de ervilhas
(pode adicionar espargos verdes frescos, milho ou espinafres)
Um bom molho de coentros

Método
Dissolva a pasta de caril no leite de coco e adicione o caldo Não precisa de fritar nada ou usar gordura porque o leite de coco já a tem.
Ponha em lume brando e antes de ferver adicione o peixe, os camarões, os legumes, deixando aqueles que não precisam de estar muito tempo ao lume para o fim (feijões verdes, ervilhas, espinafres e espargos devem ser colocados uns 10 ou 5 minutos antes do prato estar pronto. Este demora 30 ou 40 minutos, veja se a abóbora e as patatas se desfazem com um garfo)
Deite os coentros no fim e sirva com arroz branco cozido.

Sirva com Sauvignon Blanc. Eu recomendo Oyster Bay da Nova Zelândia, mas se está em Portugal e acha que importar vinhos dos antípodas contribui ainda mais para o aquecimento global, porque não tentar Bons Ares (Ramos Pinto), branco, claro.

Unless, Carol Shields


E como tem havido muitos peticos e poucos livros, nada como falar do nosso livro preferido dos últimos anos, para lançar a parte literária do blog.

Unless, Carol Shields, 2002
É a última obra da minha escritora favorita, que nasceu nos Estados Unidos, mas viveu a maior parte da sua vida no Canadá. Morreu em 2003 com cancro da mama e escreveu 10 romances, peças de teatro, contos, crítica literária, poesia e uma biografia excepcional da Jane Austen. Unless foi o primeiro livro que li dela e a seguir tive que devorar os outros (adorei particularmente Small Cerimonies, The Box Garden, Happenstance, A Celibate Season, The Republic of Love, Larry´s party)
Em Unless, os títulos “a menos que” como os títulos de cada capítulo são preposições e conjunções.
A narradora, Reta é uma escritora e tradutora que está a traduzir as memórias de Danielle Westermann, uma autora feminista (o livro dentro do livro). A vida de Reta é bastante confortável e estável com uma vivenda nos arredores de Toronto, um marido que é médico e três filhas. Mas de repente tudo muda quando a filha mais velha resolve deixar a universidade e decide viver nas ruas e senta-se no mesmo canto com um cartaz ao peito a dizer “Bondade” e um olhar vítreo. Até ao fim do livro o leitor ou leitora não sabe porquê e a própria narradora tenta comprender a razão: será que a filha tem uma doença mental, será que se trata de um desequilíbrio provocado pelos pais, será que é por causa de um namorado: O que nos vamos apercebendo aos poucos é que a protagonista perde o optimismo inicial com que pretende lidar com o caso e começa a enfurecer-se com esta e outras situações.
Reta, influenciada pela obra que está a traduzir interpreta a desistência da filha como estando associada ao que ela vê cada vez mais como a exclusão das mulheres, que começa a constatar em tudo o que a rodeia, iniciando uma série de cartas para se queixar de casos em que as capacidades das mulheres são o que ela chama “miniaturizadas”. O pior é que a realidade confirma a sua teoria:
"The world is split in two between those who are handed power at birth, at gestation, encoded with a seemingly random chromosome determinate that says yes for ever and ever, and those like Norah, like Danielle Westerman, like my mother, like my mother-in-law, like me, like all of us who fall into the uncoded female otherness in which the power to assert ourselves and claim our lives has been displaced by a compulsion to shut down our bodies and seal our mouths and be as nothing against the fireworks and streaking stars and blinding light of the Big Bang."
Claro que Unless é um pretexto para falar sobre o que realmente interessa e as digressões de Reta sobre a amizade, o casamento, relações profissionais, são passagens que eu pelo menos leio e releio. Pensamentos sobre a limpeza da casa e a arte de bem pôr a mesa para o jantar tocaram-me particularmente. É que como a Carol Shields, a mim fascina-me a esfera do doméstico criada pelas mulheres, sem conotações opressivas, um espaço que é considerado banal, indigno de aparecer em literatura, ou até ridicularizado. A verdade é que Reta sente-se impotente e por isso quer controlar a desordem da sua vida através da limpeza da casa e das rotinas. A última coisa que ela queria era: "to be possessed by a sense of injury so exquisitely refined that I register outrage on a daily basis".
Mas é essa nova ira que ela descobre em si própria que a ajuda a compreender melhor o mundo.
Um livro sobre uma escritora que está a escrever um livro sobre uma escritora e conselhos como pôr a mesa? é mesmo disto que eu gosto!

Tuesday 11 September 2007

Salmão Teryaki com couve roxa, cogumelos shitake e espinafres
















(duas pessoas)

Ingredientes

Duas postas de salmão fresco
Uma caneca de molho de soja
Meia caneca de sake ou de vinho japonês
Uma colher de sobremesa de mel
Gengibre fresco
3 dentes de Alho
Cogumelos shitake
Meia couve roxa cortada às tiras
10 Passas
300 gr de espinafres
Óleo de girassol, amendoim, noz ou outro óleo vegetal de boa qualidade sem ser azeite (eu uso azeite em quase tudo, menos em pratos orientais, “stir-frys” e caris)
Sementes de sésamo

Método


Primeiro marine o salmão com o sake, o molho de soja, o gengibre ralado, as sementes de sésamo, o mel e o alho picado durante duas ou três horas.
Para preparar a refeição, ponha o molho teryaki ao lume e deixe engrossar sem ferver. Grelhe o salmão à parte e sirva com este molho ou alternativamente coza o salmão durante 20 minutos no molho em lume brando, tendo acrescentado meia caneca de água.
Coza a couve roxa durante três minutos e depois frite-a durante 5 ou dez minutos em óleo e azeite. Adicione as passas. Frite os espinafres com os cogumelos e o alho.


Sirva com uma cerveja japonesa Asahi

Monday 10 September 2007

Compota de frutos silvestres

Tenho no jardim três pereiras, duas macieiras e silvas de amoras silvestres e framboesas, para além de uma produção imparável de cougettes gigantes (faço tortilhas com cougettes em vez de batatas)

Para fazer bom uso dos grutos nesta altura do ano tenho me dedicado à arte da compota que é mais simples e rápida de fazer do que os doces

Ingredientes:
6 pêras ou maças grandes cortadas aos bocados pequenos
meio quilo de framboesas
meio quilo de amoras silvestres
três colheres de sopa de açucar ou 2 colheres de mel

Método:
Coza as pêras ou maças com os frutos silvestres e o açucar e meio copo de água durante meia hora, de modo a fazer uma papa não muito líquida.

Deixe esfriar, coloque num frasco com tampa e guarde no frigorífico. Coma com cereais de pequeno-almoço, iogurte simples ou gelados e sorvetes.

Friday 7 September 2007

Le Quartier Français



Em Junho tive o prazer de jantar no Quartier Français, em Franschhoek na África do Sul, número 47 na lista dos melhores restaurantes do mundo e o melhor na região África-Médio Oriente, segundo a revista Resurant. No top da lista está o El Bulli em Espanha e em segundo o Fat Duck em Inglaterra.
Estes restaurantes têm algo em comum, além dos preços, claro. Em todos eles é praticada a cozinha molecular, uma culinária moderna, que é experimental, quase de laboratório. A ideia e combinar sabores e texturas não-convencionais e usar determinadas técnicas e instrumentos de laboratório para alcançar paladares inesperados (retirar o vácuo, gelar, assar a temperaturas de fogão industrial)
O Quartier Français é um hotel e restaurante decorado ao estilo contemporâneo na vila de Franschhoek, na região vinícola da África do Sul, um vale apinhado de vinhas e de casas de produção de vinhos, onde se pode fazer provas. Ao lado existe ainda uma loja de livros e implementos de cozinha, um cinema e uma galeria que fazem parte deste “hotel boutique”.
Fundada por Huguenotes franceses no Século XVII, a arquitectura e as lojas chiques da vila, lembram mais a “New England”, principalmente debaixo das chuvas torrenciais de Junho, que quando chove na zona do Cabo, chove mesmo.
A cozinheira no Quartier é Margot Janse, uma lufada de ar fresco no mundo da alta gastronomia, dominada por “chefs” homens, com temperamentos que fervem em pouca água e com egocentrismo e fama desmedida, mas isso é outro tema.
Farei outro posting sobre vinhos sul-africanos, mas é preciso salientar que o “tasting menu” ou a prova de seis pratos foi acompanhada de champagne e vinhos apropriados. Entre cada prato (e eram minúsculos, porque os sabores são delicados e a qualidade conta mais que a quantidade) apareciam amuse-bouche (uma palavra maravilhosa) também chamados amuse-gueule ou appetizers em inglês, pequenos petiscos se quisermos para limpar o paladar. Há que salientar o aspecto estético, a combinação de cores e formas que tornam estas iguarias em quase obras de arte na sua perfeição miniaturizada.
Das coisas que me lembro melhor na sucessão de pratinhos que vieram foi o gnocchi (bolinhas de massa feitas de puré de batata) molho de tomate e baunilha e caviar de aubergine, o gelado de parmesão e o soufflé de maracujá, exactamente as misturas de eu gosto: vegetais, frutas e queijos.
O que é interessante neste restaurante de fusão gastronómica é que a influência principal é francesa, com ingredientes locais, como o “springbok”, da família do veado e com nuances internacionais. O aspecto “molecular” não é exagerado nas consistências ou nas combinações de alimentos.
Por exemplo gelado de parmesão é muito menos estranho do que gelado de sardinha, à moda do Fat Duck do “chef” Heston Blumenthal, que inventou as papas de aveia com caracol, salmão em molho de rebuçados, doce de morangos com azeitonas e ovos mexidos e outros pratos aparentemente incongruentes.
Jantar no Quartier Français é uma experiência única que nos faz querer ir para casa a correr experimentar e misturar courgettes com molho de chocolate...ou talvez não...mas que é como um filme ou um livro que nos faz pensar e sobre o qual se quer falar e analisar a seguir...como é que conseguiram alcançar aquela panóplia de sabores e será que usaram canela ou gengibre e que técnicas foram empregues para criar aquela espuma deliciosa?

http://www.lequartier.co.za/





Thursday 6 September 2007

A Escócia: deserto gastronómico?


Na semana passada estive na Escócia, um pequeno país muito bonito, com fortes aspirações independentistas e berço de escritores famosos como o Walter Scott, Muriel Spark e Ian Rankin. Contudo a parte dos petiscos falha abominavelmente. A cozinha tradicional escocesa consiste em papas de aveia, estomâgos de carneiro recheados e peixos fumados. Para tornar este quadro ou prato ainda mais deprimente com o advento da "fast-food", a Escócia é um dos locais onde a inovação culinária pretende acima de tudo fazer subir os já elevados níveis de obesidade e doenças cardíacas. Em Londres, as pessoas associam os escoceses com a invenção dos "deep-fried Mars bar" ou os chocolates Mars fritos. Tudo o que se possa fritar, eles fritam em óleo. Nunca acreditei muito nesta lenda, pensando que era mais uma manifestação de anti-escocesismo galopante, até ter visto em Stonehaven, duas horas a norte de Edimburgo um café que com orgulho se entitulava: "birthplace of the deep-fried Mars bar", ou seja esta requintada iguaria tinha ali originado.

Os restaurantes ficaram parados nos anos 70, assim como hotel onde ficámos, com as cortinas psicadélicas, as carpetes indescritíveis e as madeiras tipo chalet suiço.

Na Grã-Bretanha actual há uma certa nostalgia revivalista pelos pratos dos anos 70, de tal modo que foi lançado há pouco tempo um livro chamado "The Prawn Cocktail Years" com as receitas de cocktail de camarão, tartes de gordura gelatinosa de porco, o "steak and kidney pie", aqueles acepipes em palitos que eram considerados super-chiques em festas. Na Escócia ainda reina a antiga comida britânica, pré-Jamie Oliver e a revolução culinária da última década, na qual foi descoberto o azeite, o alho, as saladas leves e outras coisas que tais. Mais adiante retormaremos este tema. Para já deixo uma lista do que aconselho que se experimente na Escócia:


  • Papas de aveia

  • Salmão fumado

  • Fish and chips

  • Visita ao pub The Creel Inn em Catterline, um oásis culinário. Recomendo as tartes de caranguejo: http://www.thecreelinn.co.uk/

Sopa de cenoura da avó Adelaide com algumas variações

Sopa de cenoura

Ingredientes:

5 cenouras médias
2 cebolas grandes
2 batatas doces pequenas ou uma batata normal
1 nabo ou 1 alho francês (tanto faz)
Um molho de coentros frescos
3 colheres de sopa de azeite
uma pitada de sal

Descasque os vegetais. Coloque-os numa panela de água à fever com o azeite e o sal e coza durante 40 minutos em lume médio. Ponha os coentros no fim e bata com a varinha mágica.

Sobre o título do blog


Este blog é sobre livros e literatura, inspirado pela minha recente visita a Oxford, um paraíso de livrarias em que encontrei uma secção chamada "Livros sobre livros", um conceito que andava à procura há décadas. A mim, interessam-me as histórias dentro de histórias e outras redundâncias.

Mas o blog não se pode cingir aos livros porque todos nós temos que comer e na minha opinião devemos comer bem, o que não quer dizer muito, mas sim com cuidado, incluindo alimentos e sabores variados em cada prato, por isso quero partilhar receitas.

Quanto aos iscos é óbvio que este é também um blog sobre pesca... Não, na verdade nada entendo de pesca e parece-me bastante aborrecido, mas os iscos no título servem para tudo o resto.
Porquê a imagem da Catarina de Bragança? Porque me parece que ela será uma das personagens principais neste blog.