Ontem vi um filme inacreditável com o Cary Grant e a Doris Day. Apesar de adorar o Cary Grant, que personifica o carisma, o estilo, o humor da época e gostar imenso de ver filmes passados numa altura em que beber cocktails ao almoço é considerado normal e as pessoas se vestiam bem e tinham telefones verdes limão (no caso deste filme particular) fiquei estupefacta com a mensagem do "That touch of mink" de 1962. Estava-se a entrar nos anos 60 e este filme mostra tudo o que aterrorizava a mentalidade conservadora dos Estados Unidos no dealbar da revolução social que ocorre nesta década: A desintegração da família, a emancipação das mulheres, a existência de outras relações que não as tradicionais, a possibilidade de outros pontos de vista.
Cary Grant é um homem de negócios de sucesso, Doris Day é uma secretária desempregada provinciana, com valores sólidos que se enamora dele. Ora, Cary Grant não quer casar, mas quer dormir com ela, tentando seduzi-la com jantares, viagens às Bermudas e casacos de pele. Este filme desaprova seriamente do sexo antes do casamento e tenta mostrar de uma maneira divertida com uma série de peripécias, em que a secretária tenta escapar-se aos truques do Cary Grant, uma das vezes dizendo-lhe até que tinha "um tio socialista", uma revelação destinada a dissuadi-lo de tentar partilhar o leito antes de ter a aliança firmemente no dedo. Antecipando as comédias românticas em que as mulheres não passam de umas tontas, que só fazem disparates e pensam em casamentos, Doris Day que não está muito interessada em trabalhar, fica inebriada com as fatiotas (de facto deslumbrantes) e os casacos de pele (dispenso).
Mas o mais chocante é uma personagem secundária, Roger, o melhor amigo, assistente de Cary Grant que reforça a comédia com alguns comportamentos absurdos. Um mal-entendido com o psiquiatra que o trata há anos faz com que este pense que Roger está envolvido com o patrão. O que é sinistro é o analista achar que Roger está completamente louco e destabilizado, que tem continuar a análise "mas com outro terapeuta". O psiquiatra decide que tem que estudar mais em Viena, o berço de Freud, sendo o caso tão sério. Roger continua a falar de Cary Grant e a contar do casamento (como calculam ele cede e casa com Doris Day) o que tem um efeito cómico, por parecer que é ele que casa com Grant, mas ao mesmo tempo mostra como a homosexualidade era vista como uma condição psiquiátrica grave. A grande ironia é que Grant era bisexual, segundo um dos seus biógrafos. Apesar de ter casado cinco vezes, viveu 12 anos com um actor amigo, Randolph Scott. Com uma infância extremamente infeliz e sob uma enorme pressão de Holywood, é possível que ele, como outros tenham tido que fingir serem heterosexuais, participando até em filmes homofóbicos.
Friday, 23 July 2010
Friday, 16 July 2010
Pãezinhos com chouriço
Nunca tive muito jeito para pães e bolos e a minha avó costumava dizer que eu não "tinha mão para massas". 20 e tal anos em dietas causaram-me uma séria fobia de açucares e hidratos de carbono, que agora ultrapassei. Enquanto que para fazer entradas e pratos principais pode-se inventar e não seguir receitas à risca, para fazer sobremessas, bolos e pães, as medidas têm que estar absolutamente correctas. Com esta nova atitude científica perante a arte de amassar e da pastelaria e doçaria, iniciei-me talvez numa paixão que pode durar uma vida inteira. Demora horas, mas é relaxante e não há nada como comer pão acabado de fazer.
Estes pães são deliciosos e relativamente fáceis.
3 colheres de sopa de sal
2 ovos e uma gema à parte
meio copo pequeno de água
meio copo pequeno de leite
Rodelas de chouriço
Método:
Acenda o forno a 180 graus.
Coloca-se a farinha peneirada numa taça grande e mistura-se com o fermento açucar e sal, faz-se um buraco no meio e adiciona-se o leite e a água, incorporando bem, depois junta-se os ovos, mexendo sempre. Deixa-se a massa descansar durante meia hora tapada. Amassa-se a seguir, em superfície enfarinhada e juntando o resto da farinha até obter uma consistência elástica, mas ainda mais para o líquido. Fazem-se bolinhas, pondo rodelas de chouriço no interior de cada pão e pincela-se com a gema de ovo. Leve a forno quente durante 20 minutos em tabuleiro polvilhado de farinha.
Estes pães são deliciosos e relativamente fáceis.
6 Pãezinhos médios
Ingredientes:
meio quilo de farinha e mais 200 gr para amassar
1 colher de chá de fermento
3 colheres de sopa de açucar3 colheres de sopa de sal
2 ovos e uma gema à parte
meio copo pequeno de água
meio copo pequeno de leite
Rodelas de chouriço
Método:
Acenda o forno a 180 graus.
Coloca-se a farinha peneirada numa taça grande e mistura-se com o fermento açucar e sal, faz-se um buraco no meio e adiciona-se o leite e a água, incorporando bem, depois junta-se os ovos, mexendo sempre. Deixa-se a massa descansar durante meia hora tapada. Amassa-se a seguir, em superfície enfarinhada e juntando o resto da farinha até obter uma consistência elástica, mas ainda mais para o líquido. Fazem-se bolinhas, pondo rodelas de chouriço no interior de cada pão e pincela-se com a gema de ovo. Leve a forno quente durante 20 minutos em tabuleiro polvilhado de farinha.
Subscribe to:
Posts (Atom)