Thursday, 28 February 2008
Monday, 25 February 2008
Arroz de Polvo da Tia Idalina
Ingredientes
Arroz carolino
Um polvo fresco ou congelado
6 cebolas médias
Um dente de alho
Azeite
Um ramo de salsa
Três dedos de vinho tinto de qualidade
Método
Um polvo fresco ou congelado
6 cebolas médias
Um dente de alho
Azeite
Um ramo de salsa
Três dedos de vinho tinto de qualidade
Método
Primeiro põe-se a água a fever numa panela de pressão ou normal com uma cebola inteira. Quando estiver a ferver mete-se lá o polvo "até encarquilhar os tentáculos", segundo a Tia Idalina o que demora apenas uns minutos. Retira-se o polvo e deixa-se a água levantar fervura outra vez. Volta-se a colocar o polvo e deixa-se cozer (meia hora na panela de pressão) (uma hora ou uma hora e 15 minutos na panela normal) em lume médio.
Quando o polvo estiver cozido tira-se e corta-se aos bocados e guarda-se a água. Faz-se um refogado com muita cebola, azeite e o dente de alho. Estufa-se o polvo que deve estar agora delicioso e tenro.
Deita-se o vinho e deixa-se evaporar e um raminho de salsa atado com um cordel. Junta-se a água de cozer o polvo ("para ficar malandrinho tem que ser 4 chávenas de água para 1 de arroz, dependendo do número de pessoas. O arroz coze em 15 minutos. Serve-se logo. "O segredo é muita cebola e vinho de qualidade" diz a Tia Idalina.
A acompanhar, tanto se pode beber vinho branco como tinto, mas eu e a Tia Idalina preferimos branco.
Quando o polvo estiver cozido tira-se e corta-se aos bocados e guarda-se a água. Faz-se um refogado com muita cebola, azeite e o dente de alho. Estufa-se o polvo que deve estar agora delicioso e tenro.
Deita-se o vinho e deixa-se evaporar e um raminho de salsa atado com um cordel. Junta-se a água de cozer o polvo ("para ficar malandrinho tem que ser 4 chávenas de água para 1 de arroz, dependendo do número de pessoas. O arroz coze em 15 minutos. Serve-se logo. "O segredo é muita cebola e vinho de qualidade" diz a Tia Idalina.
A acompanhar, tanto se pode beber vinho branco como tinto, mas eu e a Tia Idalina preferimos branco.
Sunday, 24 February 2008
Londres-Um Guia Pessoal e Transmissível
Greenwich II
Os meus locais preferidos em Greenwich, Londres SE10, para comprar comida, comer e beber
Creaky Shed, 20 Royal Hill
Uma mercearia fabulosa com uma óptima apresentação (o que é raro) onde se encontram todos os legumes e frutas da estação, em lindos cestos e caixas rústicas além de ervas aromáticas. Aqui há vegetais interessantes como cogumelos variados, beterrabas, cougettes e berngelas bébés. Os donos são simpáticos e sorridentes. Não apetece voltar aos super-mercados, depois de uma visita ao Creaky Shed
Royal Teas 76 Royak Hill
Um café diferente que se especializa em chás e que está decorado com dezenas de frascos de vários tamanhos com chás de aromas penetrantes. A comida é agradável, principalmente bolos e pequenos-almoços, como o vegetariano, com "crudités"e hummus.
Cafe Buenos Aires 86 Royal Hill
O meu café favorito, que é também delicatessen de comida argentina (queijos, pães, pastelaria, chouriços, massas, doces e especialidades latino-americanas). O dono era um fotógrafo tipo "paparazzo" e há inúmeras fotografias de celebridades a rirem ou apenas supreendidas no acto de sair à rua. As sandes de queijo são maravilhosas, assim como o chocolate quente para beber nas grandes poltronas de cabedal e ouvir tangos. Aconselho as "empanadas" de queijo e espinafres.
Cheeseboard, 26 Royal Hill
Uma loja especializada em queijos, que vende pão, tostinhas, bolachas vinhos. Aqui encontram-se queijos ingleses, franceses, suiços, italianos e espanhóis. Por vezes há Saint Marcellin, que eu adoro, mas normalmente compro queijo de cabra com alho e pimenta. Uma delícia.
Fishmonger 73 Trafalgar Road-Circus Street/ rear of 26 Royal Hill
Duas peixarias do mesmo domo que se entitula "Director de Peixe", mas merece o título. A escolha é estonteante. A maioria dos super-meracdos oferecem apenas 4 ou 5 variedades (salmão, bacalhau fresco, atum, truta, camarões). Aqui há lulas, mariscos, tamboril, dourada, robalo, caranguejo, anchovas. O dono e os empregados são doutorados em peixe e aconselham receitas e quantidades ao cliente. A decoração é sofisticada, com gosto e a venda de livros de cozinha e ingredientes que acompanham as espécies píscicolas (limão, alcaparras, ervas, azeites aromatizados, sal, etc..).
Theatre of Wine, 75 Trafalgar Road
Uma loja de vinhos fundada por uma dupla de actores que decidiu explorar a teatralidade do vinho com provas imaginativas e temáticas, não só por região, mas por gastronomia, datas específicas (no dia de S. Valentim era com vinhos que combinam bem com chocolates) combinações interessantes de vinhos, comparações de reservas, vinhos e queijos, etc...Encontram-se aqui vinhos especiais de pequenos e médios produtores de todo o mundo. Uma escolha magnífica de vinhos portugueses, que nunca aparecem nos super-mercados. O dono é uma simpatia e adora ajudar a escolher vinhos para pratos específicos.
Davy´s 161, Greenwich High Road
Um bar-restaurante e loja de vinhos, onde também se fazem provas. O bar é escuro e decorado com mobília antiga, barris e gravuras do século XIX. Um dos poucos sítios onde há vinho do Porto branco sêco. A comida é típica inglesa.
Saturday, 23 February 2008
Prosa em vez de Prozac
"One sheds one´s sickness in books"
D H Lawrence
Descobri que existe um programa de incentivo à leitura e de apoio terapêutico no norte de Inglaterra chamado "Bilioterapia", cujo lema é "Prosa em vez de Prozac". Tratam-se de clubes de leitura para grupos de pessoas com problemas psicológicos ou doenças mentais, desde depressão, a ansiedade, a senilidade (aqui a poesia é mais eficaz), dependências, desordens bipolares e outras. A ideia por trás desta iniciativa é que a leitura pode ser uma cura, os livros podem ter um efeito calmante (a mim nada me acalma mais do que estar numa biblioteca ou livraria, rodeada de estantes).
A experiência do grupo ajuda, claro, os participantes a sentirem-se menos isolados mas o facto de que têm que ler um livro para depois o debater distrai-os dos sintomas e o conteúdo é suposto anima-los ou faze-los pensar ou pôr as coisas em perspectiva. O programa "Get into Reading" foi fundado por Jane Davis, editora da revista "The Reader", juntamente com o departamento de saúde mental do Serviço Nacional de Saúde.
Mas a história mais engraçada é que a ideia surgiu a Jane Davis após ter lido o deprimente Shikasta de Doris Lessing (um romance de ficção científica ou realismo mágico) sobre o miserabilismo da condição humana. Davis escreveu à autora a dizer que o livro lhe tinha causado um esgotamento. Doris Lessing, que venceu o prémio Nobel e escreveu dezenas de obras respondeu por carta com um conselho: Leia mais...e a oferecer-lhe dinheiro para comprar livros.
Jane Davis assim fez e compreendeu que os livros aparentemente deprimentes podem ter um papel positivo na nossa sanidade mental.
Livros do Programa "Get into Reading":
D H Lawrence
Descobri que existe um programa de incentivo à leitura e de apoio terapêutico no norte de Inglaterra chamado "Bilioterapia", cujo lema é "Prosa em vez de Prozac". Tratam-se de clubes de leitura para grupos de pessoas com problemas psicológicos ou doenças mentais, desde depressão, a ansiedade, a senilidade (aqui a poesia é mais eficaz), dependências, desordens bipolares e outras. A ideia por trás desta iniciativa é que a leitura pode ser uma cura, os livros podem ter um efeito calmante (a mim nada me acalma mais do que estar numa biblioteca ou livraria, rodeada de estantes).
A experiência do grupo ajuda, claro, os participantes a sentirem-se menos isolados mas o facto de que têm que ler um livro para depois o debater distrai-os dos sintomas e o conteúdo é suposto anima-los ou faze-los pensar ou pôr as coisas em perspectiva. O programa "Get into Reading" foi fundado por Jane Davis, editora da revista "The Reader", juntamente com o departamento de saúde mental do Serviço Nacional de Saúde.
Mas a história mais engraçada é que a ideia surgiu a Jane Davis após ter lido o deprimente Shikasta de Doris Lessing (um romance de ficção científica ou realismo mágico) sobre o miserabilismo da condição humana. Davis escreveu à autora a dizer que o livro lhe tinha causado um esgotamento. Doris Lessing, que venceu o prémio Nobel e escreveu dezenas de obras respondeu por carta com um conselho: Leia mais...e a oferecer-lhe dinheiro para comprar livros.
Jane Davis assim fez e compreendeu que os livros aparentemente deprimentes podem ter um papel positivo na nossa sanidade mental.
Livros do Programa "Get into Reading":
Little Women, Louisa M Alcott (as relações de quatro irmãs durante a Guerra Civil americana)
The Kite Runner, Khaled Hosseini (vida no Afeganistão durante o regime dos Talibãs e a fuga que os papagaios de papel proporcionam)
Notes from a Small Island, Bill Bryson (leve e divertido, as impressões de um americano sobre a Inglaterra)
The Lauries, Edith Wharton (o dilema de uma jovem rica na Nova Iorque do início do século XX)
Friday, 22 February 2008
Atonement, Ian McEwan
Ainda não vi o filme, nomeado para vários Óscares (incluindo a categoria de Melhor Filme) mas aconselho vivamente a leitura de Atonement, Expiação. Há muitos anos que não lia um livro que além de ser impossível pôr de lado é de uma perfeição perturbante, no estilo, na linguagem, na "voz" ou "vozes" narrativas, na história, nos detalhes, no ambiente, nas emoções que provoca, na densidade das personagens. Expiação é um daqueles livros que não queremos nunca que acabe, em que queremos entrar e em que o próximo livro em que pegarmos vai ser uma desilusão a não ser que seja um clássico de uma qualidade inquestionável. Este romance é pois um clássico instântaneo embora não tenha ganho o prestigiado Prémio Booker.
Ao contrário de muitos livros, Expiação melhora à medida que se vai lendo até à última página.
A acção passa-se em 1935 na mansão da família Tallis. Briony é uma menina mimada de 13 anos e com uma imaginação fértil que quer ser escritora e escreve peças de teatro e pequenos contos. O facto de ela ser escritora é crucial para o autor, Ian McEwan que teve que insistir que este facto fosse incorporado no argumento do filme. Na ânsia da simplificação, o filme pretendia omitir as aspirações literárias da criança, que são no fundo centrais à intriga.
Briony sente-se perturbada com a relação estranha entre a irmã, Cecilia e o filho do jardineiro, Robbie. A vida de várias pessoas é transtornada irremediavelmente com a revelação de que Lola, uma prima de Briony e Cecilia foi violada numa gruta, nas imediações dos jardins da mansão Tallis. Briony acusa Robbie e é esse pecado que terá que expiar para o resto da vida.
A sua precocidade misturada com infantilidade profunda faz com que ela se convença e consiga convencer os outros (com a excepção de Cecilia) e a polícia de que Robbie é um predador sexual.
A premissa é muito simples: Como é que uma mentira consegue destruir tantas vidas, quem é inocente e quem é culpado, quais as diferenças entre os vários tipos de mentiras. Será que o amor ou a promessa do amor é capaz de sustentar os horrores da guerra, da prisão, da infelicidade extrema?
Expiação toca nos grandes temas da vida e da literatura: a absurda desumanização da guerra, as divisões sociais na Inglaterra, a ambiguidade moral. Acima de tudo é sobre o papel da ficção e a ilusão que esta confere de que a realidade pode ser manipulada. O escritor é como um Deus ao moldar e controlar a história e os "fantoches" que são as suas personagens, mas será mesmo assim? Por favor, leiam este livro...
Ao contrário de muitos livros, Expiação melhora à medida que se vai lendo até à última página.
A acção passa-se em 1935 na mansão da família Tallis. Briony é uma menina mimada de 13 anos e com uma imaginação fértil que quer ser escritora e escreve peças de teatro e pequenos contos. O facto de ela ser escritora é crucial para o autor, Ian McEwan que teve que insistir que este facto fosse incorporado no argumento do filme. Na ânsia da simplificação, o filme pretendia omitir as aspirações literárias da criança, que são no fundo centrais à intriga.
Briony sente-se perturbada com a relação estranha entre a irmã, Cecilia e o filho do jardineiro, Robbie. A vida de várias pessoas é transtornada irremediavelmente com a revelação de que Lola, uma prima de Briony e Cecilia foi violada numa gruta, nas imediações dos jardins da mansão Tallis. Briony acusa Robbie e é esse pecado que terá que expiar para o resto da vida.
A sua precocidade misturada com infantilidade profunda faz com que ela se convença e consiga convencer os outros (com a excepção de Cecilia) e a polícia de que Robbie é um predador sexual.
A premissa é muito simples: Como é que uma mentira consegue destruir tantas vidas, quem é inocente e quem é culpado, quais as diferenças entre os vários tipos de mentiras. Será que o amor ou a promessa do amor é capaz de sustentar os horrores da guerra, da prisão, da infelicidade extrema?
Expiação toca nos grandes temas da vida e da literatura: a absurda desumanização da guerra, as divisões sociais na Inglaterra, a ambiguidade moral. Acima de tudo é sobre o papel da ficção e a ilusão que esta confere de que a realidade pode ser manipulada. O escritor é como um Deus ao moldar e controlar a história e os "fantoches" que são as suas personagens, mas será mesmo assim? Por favor, leiam este livro...
Wednesday, 20 February 2008
Londres-Um guia pessoal e transmissível
Greenwich II
Os meus locais preferidos em Greenwich, Londres SE10, para comprar comida, comer e beber
Comer
Creaky Shed, 20 Royal Hill
Uma mercearia fabulosa com uma óptima apresentação (o que é raro) onde se encontram todos os legumes e frutas da estação, em lindos cestos e caixas rústicas além de ervas aromáticas. Aqui há vegetais interessantes como cogumelos variados, beterrabas, cougettes e berngelas bébés. Os donos são simpáticos e sorridentes. Não apetece voltar aos super-mercados, depois de uma visita ao Creaky Shed
Royal Teas 76 Royak Hill
Um café diferente que se especializa em chás e que está decorado com dezenas de frascos de vários tamanhos com chás de aromas penetrantes. A comida é agradável, principalmente bolos e pequenos-almoços, como o vegetariano, com "crudités"e hummus.
Cafe Buenos Aires 86 Royal Hill
O meu café favorito, que é também delicatessen de comida argentina (queijos, pães, pastelaria, chouriços, massas, doces e especialidades latino-americanas). O dono era um fotógrafo tipo "paparazzo" e há inúmeras fotografias de celebridades a rirem ou apenas supreendidas no acto de sair à rua. As sandes de queijo são maravilhosas, assim como o chocolate quente para beber nas grandes poltronas de cabedal e ouvir tangos. Aconselho as "empanadas" de queijo e espinafres.
Cheeseboard, 26 Royal Hill
Uma loja especializada em queijos, que vende pão, tostinhas, bolachas vinhos. Aqui encontram-se queijos ingleses, franceses, suiços, italianos e espanhóis. Por vezes há Saint Marcellin, que eu adoro, mas normalmente compro queijo de cabra com alho e pimenta. Uma delícia.
Fishmonger 73 Trafalgar Road-Circus Street/ rear of 26 Royal Hill
Duas peixarias do mesmo domo que se entitula "Director de Peixe", mas merece o título. A escolha é estonteante. A maioria dos super-meracdos oferecem apenas 4 ou 5 variedades (salmão, bacalhau fresco, atum, truta, camarões). Aqui há lulas, mariscos, tamboril, dourada, robalo, caranguejo, anchovas. O dono e os empregados são doutorados em peixe e aconselham receitas e quantidades ao cliente. A decoração é sofisticada, com gosto e a venda de livros de cozinha e ingredientes que acompanham as espécies píscicolas (limão, alcaparras, ervas, azeites aromatizados, sal, etc..).
Beber
Theatre of Wine, 75 Trafalgar Road
Uma loja de vinhos fundada por uma dupla de actores que decidiu explorar a teatralidade do vinho com provas imaginativas e temáticas, não só por região, mas por gastronomia, datas específicas (no dia de S. Valentim era com vinhos que combinam bem com chocolates) combinações interessantes de vinhos, comparações de reservas, vinhos e queijos, etc...Encontram-se aqui vinhos especiais de pequenos e médios produtores de todo o mundo. Uma escolha magnífica de vinhos portugueses, que nunca aparecem nos super-mercados. O dono é uma simpatia e adora ajudar a escolher vinhos para pratos específicos.
Davy´s 161, Greenwich High Road
Os meus locais preferidos em Greenwich, Londres SE10, para comprar comida, comer e beber
Comer
Creaky Shed, 20 Royal Hill
Uma mercearia fabulosa com uma óptima apresentação (o que é raro) onde se encontram todos os legumes e frutas da estação, em lindos cestos e caixas rústicas além de ervas aromáticas. Aqui há vegetais interessantes como cogumelos variados, beterrabas, cougettes e berngelas bébés. Os donos são simpáticos e sorridentes. Não apetece voltar aos super-mercados, depois de uma visita ao Creaky Shed
Royal Teas 76 Royak Hill
Um café diferente que se especializa em chás e que está decorado com dezenas de frascos de vários tamanhos com chás de aromas penetrantes. A comida é agradável, principalmente bolos e pequenos-almoços, como o vegetariano, com "crudités"e hummus.
Cafe Buenos Aires 86 Royal Hill
O meu café favorito, que é também delicatessen de comida argentina (queijos, pães, pastelaria, chouriços, massas, doces e especialidades latino-americanas). O dono era um fotógrafo tipo "paparazzo" e há inúmeras fotografias de celebridades a rirem ou apenas supreendidas no acto de sair à rua. As sandes de queijo são maravilhosas, assim como o chocolate quente para beber nas grandes poltronas de cabedal e ouvir tangos. Aconselho as "empanadas" de queijo e espinafres.
Cheeseboard, 26 Royal Hill
Uma loja especializada em queijos, que vende pão, tostinhas, bolachas vinhos. Aqui encontram-se queijos ingleses, franceses, suiços, italianos e espanhóis. Por vezes há Saint Marcellin, que eu adoro, mas normalmente compro queijo de cabra com alho e pimenta. Uma delícia.
Fishmonger 73 Trafalgar Road-Circus Street/ rear of 26 Royal Hill
Duas peixarias do mesmo domo que se entitula "Director de Peixe", mas merece o título. A escolha é estonteante. A maioria dos super-meracdos oferecem apenas 4 ou 5 variedades (salmão, bacalhau fresco, atum, truta, camarões). Aqui há lulas, mariscos, tamboril, dourada, robalo, caranguejo, anchovas. O dono e os empregados são doutorados em peixe e aconselham receitas e quantidades ao cliente. A decoração é sofisticada, com gosto e a venda de livros de cozinha e ingredientes que acompanham as espécies píscicolas (limão, alcaparras, ervas, azeites aromatizados, sal, etc..).
Beber
Theatre of Wine, 75 Trafalgar Road
Uma loja de vinhos fundada por uma dupla de actores que decidiu explorar a teatralidade do vinho com provas imaginativas e temáticas, não só por região, mas por gastronomia, datas específicas (no dia de S. Valentim era com vinhos que combinam bem com chocolates) combinações interessantes de vinhos, comparações de reservas, vinhos e queijos, etc...Encontram-se aqui vinhos especiais de pequenos e médios produtores de todo o mundo. Uma escolha magnífica de vinhos portugueses, que nunca aparecem nos super-mercados. O dono é uma simpatia e adora ajudar a escolher vinhos para pratos específicos.
Davy´s 161, Greenwich High Road
Um bar-restaurante e loja de vinhos, onde também se fazem provas. O bar é escuro e decorado com mobília antiga, barris e gravuras do século XIX. Um dos poucos sítios onde há vinho do Porto branco sêco. A comida é típica inglesa,
Tuesday, 19 February 2008
"Women Are Never Front-Runners"/Gloria Steinem
Mais um artigo no Times este fim de semana sobre a falta de gosto a vestir de Hillary Cliton (neste caso o crime máximo é um fato castanho) e o contraste com o estilo impecável e o corte superior dos fatos de Barack Obama. Será que esta eleição não passa de um concurso de beleza onde ser jovem e atraente conta mais do que a experiência, a ideologia e o programa político dos candidatos?
Obama continua a insinuar que Hillary não passa de uma mulher irracional e como tal incapaz de tomar as rédeas do país. É uma pena que o lema da mudança, o mantra do fenómeno que é Obama não sirva para lutar por um grupo que só teve direito ao voto 50 anos depois deste ter sido concedido aos homens negros nos Estados Unidos. No debate de 21 de Janeiro Hillary insistiu em falar de igualdade racial e entre os sexos, referindo que enquanto as mulheres recebem salários mais baixos do que os homens, as mulheres negras são as mais prejudicadas.
Este artigo da feminista Gloria Steinem no New York Times vale a pena:
http://www.nytimes.com/2008/01/08/opinion/08steinem.html
Obama continua a insinuar que Hillary não passa de uma mulher irracional e como tal incapaz de tomar as rédeas do país. É uma pena que o lema da mudança, o mantra do fenómeno que é Obama não sirva para lutar por um grupo que só teve direito ao voto 50 anos depois deste ter sido concedido aos homens negros nos Estados Unidos. No debate de 21 de Janeiro Hillary insistiu em falar de igualdade racial e entre os sexos, referindo que enquanto as mulheres recebem salários mais baixos do que os homens, as mulheres negras são as mais prejudicadas.
Este artigo da feminista Gloria Steinem no New York Times vale a pena:
http://www.nytimes.com/2008/01/08/opinion/08steinem.html
Wednesday, 6 February 2008
Super Terça-Feira
Democratas em corrida aberta à Casa Branca
Uma das campanhas mais renhidas para a nomeação do partido Democrata e do Partido Republicano para a escolha do candidato à Casa Branca. O moderado John McCain, que alguns ultra-conservadores odeiam mais do que desprezam os Clinton vai claramente à frente. O evangélico Mike Huckabee conseguiu pelo menos cinco estados importantes e alguns analistas acreditam que ele permanece na corrida com a esperança de ser candidato à vice-presidência, como número dois de McCain.
Mas a batalha entre Hillary e Obama está longe de ter terminado. Barack Obama possui o carisma e a capacidade para unificar e motivar o eleitorado e até conseguir que republicanos votem nele, por não estar “contaminado” e apostar na retórica da “mudança”. O movimento espontâneo que ele gerou e o apoio de celebridades e sectores variados da sociedade reforçaram uma candidatura que parecia inicialmente fraca. A comunidade latina, os mais velhos, os eleitores tradicionais e mesmo muitos afro-americanos preferem Clinton. Obama é um fenómeno da classe média instruida, com instrução e uma aberração numa América conservadora, ultra-religiosa e fechada sobre si própria.
Até agora, Obama venceu em 13 estados e Hillary apenas 8, embora a ex-Primeira Dama tenha conseguido ganhar estados cruciais como a Califórnia e Nova Iorque e angariar mais delegados com uma pequena margem. Ambos podem celebrar vitórias com alguma cautela e contenção. Faltam ainda estados como o Texas e o Ohio entre outros. Qual vai ser o factor decisivo na escolha entre uma mulher branca e de meia idade com experiência e tendências maquiavélicas e um homem negro mais jovem que é um enigma? E quem é mais liberal ou conservador. Quem é mais de “esquerda”, se quisermos?
Mas a batalha entre Hillary e Obama está longe de ter terminado. Barack Obama possui o carisma e a capacidade para unificar e motivar o eleitorado e até conseguir que republicanos votem nele, por não estar “contaminado” e apostar na retórica da “mudança”. O movimento espontâneo que ele gerou e o apoio de celebridades e sectores variados da sociedade reforçaram uma candidatura que parecia inicialmente fraca. A comunidade latina, os mais velhos, os eleitores tradicionais e mesmo muitos afro-americanos preferem Clinton. Obama é um fenómeno da classe média instruida, com instrução e uma aberração numa América conservadora, ultra-religiosa e fechada sobre si própria.
Até agora, Obama venceu em 13 estados e Hillary apenas 8, embora a ex-Primeira Dama tenha conseguido ganhar estados cruciais como a Califórnia e Nova Iorque e angariar mais delegados com uma pequena margem. Ambos podem celebrar vitórias com alguma cautela e contenção. Faltam ainda estados como o Texas e o Ohio entre outros. Qual vai ser o factor decisivo na escolha entre uma mulher branca e de meia idade com experiência e tendências maquiavélicas e um homem negro mais jovem que é um enigma? E quem é mais liberal ou conservador. Quem é mais de “esquerda”, se quisermos?
Aborto: Hillary é pró-escolha e votou em várias leis nesse sentido
Obama não apareceu para votar em diversas situações controversas em leis relativas ao aborto, defendendo que “as mulheres devem ter o direito a escolher juntamente com o seu médico, a sua família e o clero”
Economia: Hillary quer combater as desigualdades sociais, cortar benefícios fiscais a empresas e investir na criação de postos de trabalho
Obama quer ajudar a classe média, reformar o sector da saúde e educação
Iraque: O grande trunfo de Obama, que votou desde o início contra a guerra, embora tenha também aprovado um aumento dos fundos financeiros a serem aplicados nas operações militares no iraque
Hillary apoiou a invasão, que depois admitiu ter sido um erro. Votou contra o reforço das tropas e defende uma estratégia de retirada gradual
Segurança: Posições muito semelhantes. Hillary apoiou as “Leis patriotas” que dão poderes sem precedentes às autoridades para investigarem e suprimirem o que interpretam como terrorismo. Obama votou contra esta legislação, mudando depois de ideias
Aquecimento global: Hillary concorda com um limite às emissões de dióxido de carbono por parte dos Estados Unidos, investimento em tecnologias “verdes” e regras mais rígidas para indústrias poluentes. Obama defende um um corte de 80% nas emissões de gases que causam o aquecimento do planeta até 2050, quer que os Estados Unidos se tornem a nação que lidera os esforços para facer face às mudanças climatéricas
Saúde: Um tema fundamental da política interna. Ambos defendem acesso universal ao sistema de saúde, já que só os que têm seguros privados podem pagar tratamentos e medicamentos (Muitas seguradoras tentam encontrar maneiras de não dar cobertura, como mostrou Michael Moore no documentário "Sicko"). Quando era Primeira Dama, Hillary tentou implementar uma reforma que daria acesso ao sistema de saúde aos mais pobres, que foi considerada um falhanço, devido a bloqueios políticos, principalmente por parte dos Republicanos
Emigração ilegal: Políticas parecidas de reforma das leis de emigração, intensificação do controlo das fronteiras, penalização dos que contractam emigrantes ilegais e apoio de atribuição de cidadania para clandestinos em determinados casos
Fonte: BBC
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