Thursday 6 March 2008

Mais perto de um "dream ticket"?


Hillary venceu no Texas, Ohio e Rhode Island (que apesar de ser um daqueles estados minúsculos do Leste dos Estados Unidos, é considerado um bastião de activismo Democrata).


A senadora de Nova Iorque tem sido alvo de inúmeros ataques às mãos dos meios de meios de comunicação social e da campanha de Obama, tendo por sua vez optado por tácticas mais agressivas que podem podem vir a ter consequências negativas para o partido, cada vez mais dividido. Um anúncio recente em tempo de antena da campanha Clinton procura reforçar a ideia de que os Estados Unidos e o mundo estão em perigo se Hillary não estiver na Casa Branca. O anúncio na televisão mostra duas crianças a dormir e um telefone a tocar num ambiente de "suspense": "Quando o telefone toca a meio da noite na Casa Branca, quem é que voçê quer que atenda?". O seja, o sono dos justos só pode ser protegido por uma presidente com experiência.

Muitos analistas políticos acusam Clinton de querer mudar as regras do jogo, por ela ter dito que estas últimas vitórias mostran que é ela que ganha nos grandes estados, "naqueles que verdadeiramente contam". Os grupos de apoio da ex-primeira Dama são os mais velhos, os mais pobres, os latinos, as mulheres (brancas) os mais Democratas, no sentido em que Obama atrai independentes e gente despolitizada e até Republicanos, além dos mais instruídos, o voto negro e etc...O argumento da campanha de Clinton agora é que a sua base de apoio é crucial para uma vitória contra o Senador John MCain que assegurou esta semana a nomeação do Partido Republicano. A corrida Democrata continua aberta e poderá assim permanecer até à convenção do partido no Verão. Até lá esperemos que os candidatos se portem com dignidade para termos um "dream ticket", uma candidatura de sonho com Hillary à cabeça e Obama como vice-presidente.
Uma nota de interesse:
Ao contrário de campanhas passadas, esta trava-se também na internet (em blogs, no Youtube, nas redes de interacção). Pelo menos nenhum dos dois polítics anuncia centenas de milhares de "amigos", referindo-se às pessoas na sua rede de contactos como "apoiantes".
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